Hoje resolvi falar da importância da verificação do escopo. Em projetos de TI, pelo menos nos que atuo, existe um evento chamado de homologação ou UAT ("User Acceptance Test"), que é onde o sistema ou funcionalidade é apresentada para o cliente, testada e VALIDADA pelo "usuário" antes da entrada em produção.
Na mensagem de hoje queria deixar registrada minha visão de boa prática desse evento, que deve conter um mínimo de planejamento e preparação prévia para que atinja o objetivo primário: Garantir que o que foi desenvolvido está de acordo com o especificado e de acordo com a expectativa do cliente.
Diante desse cenário, algumas ferramentas são de vital importância para o sucesso desse importante marco do projeto (validação do cliente). Entre elas destaco:
Plano de testes. O detalhe do planejamento que trata dessa etapa, como um roteiro de eventos, responsabilidades, premissas, restrições, eventos e totinas a serem testados, critérios de aceitação e outros tipos de informação que podem direcionar as ações e qualificações das respostas.
Uma preparação do ambiente de testes, contendo casos, massa de testes e todo um roteiro pré-estabelecido é fundamental para o sucesso, afinal o que seria essa homologação senão um envento de check-list por parte do cliente.
Ter um responsável na direção dos testes é fundamental. O técnico e o de negócio. O técnico deve assumir o comando dos testes e orientar/demonstrar ao cliente o que foi feito e como está se comportanto. O responsável de negócio deve garantir que todos os cenários estão sendo testados e validados e com isso, na minha opinião quem fez e quem vai "usar" conseguirão ultrapassar essa importante marca, o primeiro passo da passagem de bastão.
Não é incomum ouvir testemunhos de casos onde aparecem muitos erros em homologação/UAT. Para mim isso ainda é uma surpresa, já que em minha opinião os testes unitários / sistêmicos e os integrados, realizados pela equipe de TI já deveriam ter apontado erros primários que aparecem em muitas UATs. Lembro de casos de sucesso onde em algumas ocasiões, a equipe de TI que me assistia, realizada uma homologação sem minha presença e somente quando tudo estava ok, me chamavam para realmente homologar. Nessas ocasiões, a lista de correção e taxa de insucesso da versão 1 desse evento era mínima, para não dizer desprezível. Fica a dica.
No mais, fico com duas mensagens para o fim desse post. Uma é que "um verdadeiro planejamento é fundamental para o sucesso de qualquer parte do projeto". A outra, que escutei essa semana e gostei é "só não tem jeito pra duas coisas: a morte e a má vontade".
Abraços e Bons projetos!!
THO+