sábado, 16 de julho de 2011

Projetos e Sistemas - O papel da homologação ("UAT) na verificação do escopo

Hoje resolvi falar da importância da verificação do escopo. Em projetos de TI, pelo menos nos que atuo, existe um evento chamado de homologação ou UAT ("User Acceptance Test"), que é onde o sistema ou funcionalidade é apresentada para o cliente, testada e VALIDADA pelo "usuário" antes da entrada em produção.

Na mensagem de hoje queria deixar registrada minha visão de boa prática desse evento, que deve conter um mínimo de planejamento e preparação prévia para que atinja o objetivo primário: Garantir que o que foi desenvolvido está de acordo com o especificado e de acordo com a expectativa do cliente.

Diante desse cenário, algumas ferramentas são de vital importância para o sucesso desse importante marco do projeto (validação do cliente). Entre elas destaco:

Plano de testes. O detalhe do planejamento que trata dessa etapa, como um roteiro de eventos, responsabilidades, premissas, restrições, eventos e totinas a serem testados, critérios de aceitação e outros tipos de informação que podem direcionar as ações e qualificações das respostas.

Uma preparação do ambiente de testes, contendo casos, massa de testes e todo um roteiro pré-estabelecido é fundamental para o sucesso, afinal o que seria essa homologação senão um envento de check-list por parte do cliente.

Ter um responsável na direção dos testes é fundamental. O técnico e o de negócio. O técnico deve assumir o comando dos testes e orientar/demonstrar ao cliente o que foi feito e como está se comportanto. O responsável de negócio deve garantir que todos os cenários estão sendo testados e validados e com isso, na minha opinião quem fez e quem vai "usar" conseguirão ultrapassar essa importante marca, o primeiro passo da passagem de bastão.

Não é incomum ouvir testemunhos de casos onde aparecem muitos erros em homologação/UAT. Para mim isso ainda é uma surpresa, já que em minha opinião os testes unitários / sistêmicos e os integrados, realizados pela equipe de TI já deveriam ter apontado erros primários que aparecem em muitas UATs. Lembro de casos de sucesso onde em algumas ocasiões, a equipe de TI que me assistia, realizada uma homologação sem minha presença e somente quando tudo estava ok, me chamavam para realmente homologar. Nessas ocasiões, a lista de correção e taxa de insucesso da versão 1 desse evento era mínima, para não dizer desprezível. Fica a dica.

No mais, fico com duas mensagens para o fim desse post. Uma é que "um verdadeiro planejamento é fundamental para o sucesso de qualquer parte do projeto". A outra, que escutei essa semana e gostei é "só não tem jeito pra duas coisas: a morte e a má vontade".

Abraços e Bons projetos!!

THO+